29 de julho de 2010

Da minha realidade

Ontem algo me ocorreu, como um flash de luz no meio de minha cegueira.
Sou uma fada perdida.
Chegando a essa conclusão vi que tudo o que não havia conclusão ou resposta fez no mínimo um certo sentido.
O mundo é cheio de visões, sentidos entendidos e descartados. As coisas reais me lembram muito a fumaça criada na queima de incenso, uma intensidade inicial e a dispersão final, tudo vai e tudo volta.
Certas coisas não se encaixam, e ao tentar se adaptar, percebem ainda mais o quanto que não se pertencem.
Consegue ver algum sentido nas coisas se poder criar a si mesmo ?
Também vejo, também não. Talvez.
Sendo uma fada perdida, e vendo as coisas como uma fada perdida ( que logicamente não está em seu lugar ) a leve impressão de se sentir bem, é forte, é como pausar o tempo e flutuar... Sabendo que uma hora vai acabar no seu lugar. É real por uma fração de segundos, que pode ser em outra realidade uma vida inteira.

Porque na realidade não é real ?

25 de julho de 2010

3 anos de casamento ao amanhecer.


Eles desperdiçavam latim tentando chegar a conclusão de que não chegavam a conclusão nenhuma.
Se olhavam e já perdiam a paciência por isso. Ele sentia falta daquele doce primeiro olhar que ela fazia quase sempre, sentia falta do carinho que só ela sabia fazer, seu corpo havia mudado, não fisicamente, mas mudado de idioma, não falavam a mesma língua há muito tempo.
Ele a queria, durante a noite quando o cheiro de frutas do perfume dela voava livre pelo quarto, seu corpo era cheio de sinais que o confundiam da cabeça aos pés...
Na cabeça viajante dela, a cada movimento que ele fazia, ela rezava para que fosse um afago em seu rosto sem gosto.
Ela amava aquele cabelo enrolado molhando que caia pelo rosto escorrendo água, amava o tom dos olhos dele, quase escondidos por uma grossa sobrancelha.
Era uma jogo de pique-esconde, um forjava o desinteressar e o outro afirmava tal ato.
A verdade é que sentiam a ausência da matéria de cada um, faltava assunto, faltava amizade e cumplicidade, faltava tudo, menos um possível amor.

15 de julho de 2010

Faz tanto tempo que eu não mexo aqui, acho que senti falta, por sinal.
Eu sempre tive entendimento de que a vida era inconstante, sempre em rotação, mas não tinha idéia de que era uma coisa tão... rápida ... Como um raio e um trovão, a velocidade da luz, o clarão,  foi o ocorrido, o trovão em velocidade inferior foi o que restou depois. A graça é que agora eu vou ter bastante assunto com a minha psicóloga ( ha ha ha ). Minha vida mudou bastante de uns tempos pra cá. Perdi muitas coisas, ganhei outras coisas e as pessoas me olham com cara de '' isso tudo vai passar '' sem ao menos entender o que se passa na minha cabeça.
Mudei de endereço ( para aqueles que me procuram ), mudei de idéias ( para aqueles que me conhecem ), mudei muita coisa ( para curiosos e interessados em geral ), alias, mudar é bom... Contanto que não seja para pior em certas opiniões, aham, mudar é legal.
Enjoei mais rápido do que imaginava das férias, não que eu queira voltar para o colégio, acho que .. enfim, mas sinonimo de não fazer nada virou férias. Minha vida nesse inicio de mês se transformou em só ler e desenhar, tirar fotografias de coisas, mas como eu não sei se sou muito boa nesse último, faço isso só por diversão mesmo. Arrumar meu quarto novo, em um lugar que não é tão novo assim é uma distração também, mas quando isso acabar, o que eu faço ? Não só, quando realmente tuudoo isso que acontece acabar, e depois ?
Cansei um pouco demais da minha rotina.